sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

17 de dezembro de 1995 - 15 anos do nosso segundo título nacional

O ano de 1995 foi muito especial para a torcida botafoguense. Comemoramos o nosso segundo campeonato brasileiro. Como na época a Taça Brasil de 1968 ainda não era contabilizada como campeonato nacional, para nós foi o nosso primeiro título.
Para mim, em especial, também foi muito importante. Foi meu primeiro título na diretoria do Botafogo e como conselheiro. Minha carreira como "cartola" alvinegro começou no final de 1992, e estende-se até hoje. Conselheiro por três vezes, diretor financeiro, diretor de futsal, diretor de voleibol e assessor financeiro (como em 1995).
Pude acompanhar praticamente a campanha toda. Jogos no Rio e fora dele. A cada jogo, a esperança que Túlio e cia. pudessem levar o nosso clube a este título tão sonhado. Aquele time perdeu muito pouco, e jogo a jogo, conquistava a confiança da torcida.
Wágner, Wilson Goiano, Wilson Gottardo, Gonçalves, André Silva, Leandro, Jamir, Beto, Sérgio Manoel, Donizetti, Túlio, Carlão, Wilson Mineiro, Grotto, Márcio Theodoro, Guto, Moisés, Marcelo Alves, Dauri, Iranildo, Narcísio, Paulo Autuori, Carlos Augusto Montenegro, enfim, o apoio e confiança neles cresciam a cada partida.
Naquela época, trabalhava na Editora Forense. Na quinta-feira, 14 de dezembro, fui chamado pelo meu diretor Guilherme Zincone. Botafoguense, ele me disse o seguinte: "vou te dar uma missão e um presente. A missão é passar três dias na filial de São Paulo e o presente é que você viaja no domingo pela manhã e à tarde pode encontrar a delegação do Botafogo e seguir para o jogo". Lá estava eu no domingo pela manhã, embarcando para São Paulo. Chegando lá, a cabeça era só para o jogo.
O jogo foi marcado para às 19 horas. Quando eram 14 horas, segui para o Hotel Transamérica, onde me encontrei com a delegação do Botafogo.
Chegamos ao Pacaembu. Uma pressão danada. Foguetório patrocinado pelo santista Milton Neves e a torcida do Botafogo ficou "espremida" num cantinho do estádio.
Começa o jogo. Marcamos primeiro. Gol do Túlio (Túlio é craque, Túlio é artilheiro, Túlio é do Fogão e do povo brasileiro). Aí foi aquela pressão. Wágner segurando tudo. Acaba o primeiro tempo.
Logo no início do segundo tempo, gol do Santos. Mais pressão. São Wágner nos protegendo e salvando tudo. De repente... gol do Santos... o juiz marca impedimento. Mais pressão. Um amigo nosso olha e reclama que meu pai não estava colocando a mão no olho nos ataques do Santos. Não era superstição. Era um problema de saúde do meu pai, que neste jogo veio à tona. Como bom botafoguense, nosso amigo pensava que era para impedir os ataques do Santos.
Fim do jogo. Abraço no meu pai e em mais um monte de pessoas, conhecidas e desconhecidas. Finalmente somos campeões brasileiros de futebol.
O vestiário é invadido. Conseguimos registrar o momento que até hoje guardo e relembro com carinho. Eu, meu saudoso pai e Gonzaguinha com a taça dentro do vestiário do Pacaembu.

17 de dezembro de 1995. Um dia para nunca mais ser esquecido.

3 comentários:

  1. Isso é ser Botafoguense, emocionante amigo, que inveja !!! rsrsrsrs Parabéns mais uma vez!! E estava magrinho né? rsrs

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  2. Wálner, um dia já fui magro e já tive cabelo, hahaha. Abraços.

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  3. Oi Júnior.

    Campeonato Brasileiro – 1995

    Adversário – Resultado – Local:
    Atlético (MG) – 5 x 0 (Maracanã).
    Bahia (BA) – 2 x 0 (Maracanã).
    Bragantino (SP) – 0 x 1 (Marcelo Stefani).
    Corinthians (SP) – 2 x 1 (Caio Martins).
    Criciúma (SC) – 1 x 1 (Heriberto Hülse).
    Cruzeiro (MG) – 3 x 5 (Mineirão), 1 x 1 (Mineirão) e 0 x 0 (Maracanã).
    Flamengo (RJ) – 3 x 1 (Castelão).
    Fluminense (RJ) – 1 x 1 (Engenheiro Araripe).
    Goiás (GO) – 1 x 0 (Serra Dourada).
    Grêmio (RS) – 3 x 2 (Olímpico).
    Guarani (SP) – 3 x 1 (Caio Martins).
    Internacional (RS) – 0 x 0 (Almeidão).
    Juventude (RS) – 0 x 0 (Caio Martins).
    Palmeiras (SP) – 1 x 2 (Presidente Prudente).
    Paraná (PR) – 0 x 0 (Caio Martins).
    Paysandu (PA) – 3 x 1 (Caio Martins).
    Portuguesa de Desportos (SP) – 2 x 0 (Maracanã).
    Santos (SP) – 1 x 3 (Vila Belmiro), 2 x 1 (Maracanã) e 1 x 1 (Pacaembu).
    São Paulo (SP) – 2 x 0 (Morumbi).
    Sport Recife (PE) – 2 x 1 (Ilha do Retiro).
    União São João (SP) – 3 x 0 (Caio Martins).
    Vasco (RJ) – 2 x 0 (Maracanã).
    Vitória (BA) – 2 x 2 (Barradão).

    Total de Jogos: 27; Vitórias: 14; Empates: 9; Derrotas: 4; Gols Pró: 46; Contra: 25.

    Jogaram: Sebastião Wagner de Souza e Silva, 26 jogos; Marcelo Gonçalves Costa Lopes, 26; Sérgio Manoel Júnior, 25; Túlio Humberto Pereira Costa, 25; Jamir Adriano Paz Gomes, 24; Joubert Araújo Martins (Beto), 24; Osmar Donizete Cândido, 24; Wilson Roberto Gottardo, 23; Wilson Pereira Carvalho (Wilson Goiano), 22; André Silva Gomes, 19; Leandro Coronas Ávila, 19; Moisés do Nascimento Monteiro, 17; Iranildo Hermínio Ferreira, 17; Marcelo Alves Damasceno, 14; Francisco Narcízio Abreu de Lima, 12; Carlos Augusto Garcia Braga (Guto), 9; Dauri de Amorim, 7; Cristiano Grotto, 7; Eliomar dos Santos Rosa, 4; Márcio Paraíso Theodoro, 3; Wilson Lopes Teixeira (Wilson Mineiro), 3; Júlio César Gouveia Vieira (Julinho), 3; Cláudio Trindade Farias, 1; Carlos Gibowski (Carlão), 1; Gustavo Juan Nikitiuk Bonifácio (Niki), 1. Total: 25 jogadores. Técnico: Paulo Autuori de Mello.

    Artilheiros: Túlio, 23 gols; Donizete, 6; Narcízio, 4; Sérgio Manoel, 3; Gonçalves, 2; Iranildo, 1; Jamir, 1; Wilson Gottardo, 1; Wilson Goiano, 1; Marcelo Alves, 1; Dauri, 1; Moisés, 1; Grotto, 1. Total: 46 gols.

    Saudações Alvinegras

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