segunda-feira, 4 de abril de 2011

Novo supertime de vôlei, patrocinado por Eike Batista, tem jeito de seleção

O levantador Bruninho, o ponteiro Dante, o oposto Théo, o central Éder e o líbero Allan serão a base de seleção brasileira do RJX, o novo supertime masculino de vôlei carioca. Com orçamento anual de R$ 13 milhões e tendo o Maracanãzinho como casa, tanto para treinos como para jogos, a equipe é patrocinada pelo empresário Eike Batista.

O objetivo é reviver os anos de glória do Atlântica Boavista, equipe criada pelo empresário e mecenas do esporte Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, e que marcou época na década de 80. Levantador daquela equipe, o hoje consagrado técnico Bernardinho trabalhou na elaboração do projeto do RJX, que tem vertente social. Entretanto, por conta das atribuições como técnico da equipe feminina do Unilever/Rio de Janeiro, não terá cargo na equipe.

Através de parceria já firmada com o governo estadual, 720 crianças de cinco áreas carentes, onde foram implantadas UPPs, receberão aulas da Escola de Vôlei Bernardinho, para difundir a modalidade. Foi a parceria com o poder público, através da Secretaria Estadual de Esporte e Lazer, que garantiu a cessão do Maracanãzinho para jogos e como centro de treinos da equipe.

- O Maracanãzinho será a casa do RJX, e as cores do uniforme, claro, serão o azul e o branco da bandeira do estado - explica Leonardo Moretzsohn, diretor financeiro da EBX, empresa de Eike que está custeando o projeto.

Mais do que uma força na próxima edição da Superliga, o RJX quer ser um centro de atração de novos talentos na futura sede dos Jogos Olímpicos. Segundo o diretor de esportes do RJX e preparador físico da seleção brasileira masculina, José Inácio Salles, outra meta do projeto é aproveitar os jovens talentos de divisões de base dos clubes do Rio, evitando que se percam pela falta de uma equipe profissional de ponta na cidade.

- Não faremos times de base justamente para não inibir esse trabalho que clubes como Botafogo, Flamengo e outros fazem. Agora, esses jogadores de potencial terão uma referência aqui - explica.

O treinador do RJX será Marcos Miranda, auxiliar de José Roberto Guimarães na conquista do ouro olímpico masculino em Barcelona-1992. Na função de gerente de vôlei, a equipe terá o ex-treinador da seleção brasileira Radamés Lattari. Para completar o elenco, José Inácio explica que o RJX buscará jovens atletas com idade para disputar as Olimpíadas-2016.

Para receber a estrutura da equipe, o Maracanãzinho deve passar por pequenas obras em algumas de suas salas. O planejamento é de que o RJX já comece a treinar no ginásio em maio. Quanto ao acerto com Bruninho, que acaba de se apresentar ao Modena, da Itália, José Inácio explica que ele disputará as finais do Campeonato Italiano e, depois, estará liberado para a equipe carioca. Já está decidido que a Olympikus será a fornecedora de material esportivo do RJX.

No último sábado, na semifinal da Superliga Masculina, o Sesi (SP) venceu o Vivo/Minas, em Belo Horizonte, por 3 a 1 (20/25, 25/13, 25/18 e 25/18). A série está empatada (1 a 1). A decisão do finalista ficou para sexta-feira, às 20h30m, em São Paulo.


Fonte: O GLOBO (Ary Cunha)

Um comentário:

  1. A iniciativa é válida, principalmente para receber os diversos valores que são revelados no voleibol carioca, e que acabam indo muito cedo para fora do Estado, sendo privados do convívio com amigos e familiares.

    Seria interessante, também, que o Governo do Estado ou o próprio Grupo do Eike Batista apoiasse os clubes formadores, em especial Botafogo, Flamengo, Fluminense, Niterói, Tijuca e agora Vasco da Gama. Um trabalho em conjunto das iniciativas pública e privada com os clubes, tornaria o Rio de Janeiro praticamente uma potência neste esporte, não só no masculino, como também no feminino.

    Torçamos que seja um projeto longo e duradouro, e que seja logrado o mesmo sucesso do Rio de Janeiro/Unilever, com a diferença de deixar um legado na cidade. Lembramos que há pouco tempo, a Olympikus montou uma equipe de voleibol, acabou com diversos times nas divisões de base, e de uma hora para outra acabou com todo o projeto.

    Sucesso ao RJX e a todo o voleibol carioca.

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