Confiança no trabalho

Presidente lembra melhorias em sua gestão e garante time forte no Brasileiro

O presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, concedeu longa entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira na Sala de Imprensa Armando Nogueira / Tempo Real. O tema principal, após a saída da Taça Rio e da Copa do Brasil, foi o planejamento da diretoria desde o início da gestão, lembrando os avanços conquistados, as melhorias no clube, a relação com a torcida e garantia de um time forte no Campeonato Brasileiro.

Confira os principais trechos:

DESAFIO

"Há dois anos e quatros meses assumimos o desafio e as pessoas que estão juntas conosco desde então em nenhum momento titubearam de trabalhar pelo Botafogo. O Departamento de Futebol faz parte desse grupo. Quando assumimos o Botafogo, tínhamos três jogadores no profissional, cinco de juniores, quatro meses de salários atrasados e jogadores querendo ir embora. Desafio maior que esse poucas diretorias tiveram".

"Durante esse período de dois anos e quatro meses, essa diretoria jamais iludiu o sócio e o torcedor do Botafogo. Quando, em 2009, eu disse que estaríamos na final do Carioca, muitos riram e disseram que era devaneio. Mas acreditávamos no grupo montado e na capacidade do treinador, da comissão e dos jogadores. E fomos para a final. No mesmo ano, era desejo da torcida o título brasileiro. Eu disse que não era possível, não tínhamos orçamento para isso. Tenho sido muito claro com a torcida. Naquele momento de cai não cai, muitos pediam para investir, contratar, estourar o orçamento. Acreditamos na nossa filosofia de trabalho e na proposta, que não é de um, dois ou três anos. Nos mantivemos na primeira divisão e no ano seguinte tivemos orçamento para montar um time campeão carioca. E nem por isso deixamos de contratar para o Brasileiro. Trouxemos Maicosuel, Marcelo Mattos, Jobson. Jogadores que foram fundamentais para que pudéssemos disputar até o fim título e vaga na Libertadores. Foi a melhor colocação desde 1995. Isso foi resultado de trabalho de uma diretoria que aceitou o desafio".

"O início de 2011 é claro que não é o que gostaríamos. Os resultados não são o que a torcida e a diretoria queriam. Mas essa diretoria, que sempre foi muito sincera, clara e honesta com a torcida, vai montar um time para disputar o título brasileiro. Não tenham dúvida".

TRABALHO INCESSANTE

"Algumas situações não aparecem para a torcida. Mas, se o Botafogo não fizer, daqui a 20 anos, não tem mais time, não tem ídolos e não tem torcida, como muitos me dizem. O trabalho, para alguns, pode não aparecer, mas é fundamental para a sobrevivência do Botafogo. Entendemos que isso precisa ser feito. Não é porque não está aparecendo que vamos parar. O Botafogo tinha uma sede histórica prestes a ser tombada, a do Mourisco. Criamos um projeto, estamos revitalizando a área, teremos competições nacionais e internacionais e uma grande churrascaria. Uma sede que só dava despesa passará a trazer receita".

"Na sede, já foram 10 mil metros quadrados de obras. Isso a torcida não vê. As pessoas colocam que esse presidente aumentou a dívida em R$ 66 milhões. Alguém viu a publicação do balanço do Botafogo? Sabe interpretar? Talvez alguns saibam porque pediram ajuda a quem entende. Quando entramos, o Departamento Jurídico dizia que o balanço não apresentava atualização, trazia o valor da dívida na origem e não com suas correções. É mentira que o presidente aumentou as dívidas em R$ 66 milhões. Mentira em ano de eleição, no qual eu nem disse que sou candidato. Estão batendo na pessoa errada".

"Hoje o Botafogo tem participação econômica em jogadores, diferente do que acontecia até então. Herrera, Loco, Antônio, Jefferson, Willian, Alex, Caio... Além dos jogadores que estão subindo da base, como Lucas Zen, Guilherme e Cidinho. São R$ 12 milhões de passivos referentes a esta questão".

PROMESSAS

"Jamais a diretoria prometeu algo que não pudesse cumprir. Os resultados, é óbvio, não são os esperados. Mas para achar que o ano está perdido e que o Botafogo não vai conquistar mais nada tem uma distância muito grande. É não conseguir olhar com isenção o que essa diretoria fez em dois anos e quatro meses".

"Tínhamos um modelo anterior que não vinha dando resultado, mudamos. É claro que a torcida quer saber de time, eu também. Mas achar que essa diretoria não fez nada e que tudo é para se jogar fora, tem uma distância muito grande".

REFORÇOS

"Há diversas situações, como de jogadores que não podem vir agora, outros que não podem jogar determinadas competições ou que só podem atuar após a abertura da janela. Caio Júnior já fez as indicações, não posso dar nomes, mas reforços virão no momento certo. O Botafogo terá um time forte para brigar pelo título brasileiro".

Danilo Santos

Assessoria de Imprensa

Botafogo de Futebol e Regatas