domingo, 14 de março de 2010

Hora e vez do mercado de marketing esportivo

Copa de 2014 e Olimpíadas já produzem negócios e empregos no setor
Com a proximidade da Copa do Mundo e a expectativa diante das Olimpíadas, o momento é de ebulição não só para os atletas, mas também para quem lida diretamente com esporte. Nas agências de marketing esportivo, por exemplo, o volume de trabalho aumenta à medida que a contagem regressiva para os eventos se acelera. Para atender à demanda cada vez maior de empresas interessadas em fortalecer suas marcas através do esporte, muitas já pensam em ampliar seus times de colaboradores.
É o caso da Off Field, agência paulista de promoção especializada em futebol. Criada há mais de três anos, a empresa conta, atualmente, com 20 funcionários. Diante da perspectiva de crescimento de 180% somente este ano, os diretores estão em busca de profissionais qualificados no mercado, principalmente na área de produção e atendimento.
— Procuramos pessoas com boa formação em administração e publicidade e que tenham domínio de inglês, informática e experiência no mercado promocional. Também é importante gostar de futebol — diz Eduardo Corch, diretor de planejamento da Off Field, que registra faturamento mensal de R$ 50 mil.
Segundo Corch, as empresas têm percebido que o esporte oferece excelentes oportunidades para interagir com os consumidores, através da realização de diferentes ações de marketing.
— Na área promocional, por exemplo, as organizações tendem a realizar eventos, concursos culturais e sorteios, além de convidar clientes e parceiros para assistir aos jogos — afirma.
O momento é de aumentar e qualificar as equipes, além de estar bem estruturado para tocar não só os projetos que estão em andamento, mas também os que estão por vir. É o que tem feito Eduardo Leite, diretor da Klefer, agência carioca que já acumula 27 anos de experiência na criação, desenvolvimento e comercialização de eventos esportivos. Para se ter uma ideia, a meta da empresa é crescer 25% ao ano até 2014.
— Para a nossa engrenagem funcionar, contamos com 31 pessoas no Rio, 48 espalhadas por outras cidades do Brasil e algumas no exterior. Será preciso aumentar o nosso quadro até o fim do ano, mas o número exato de contratações ainda depende do andamento dos projetos que serão executados — diz Leite.
Além de ser responsável pelos amistosos do time da África do Sul contra o Cruzeiro e a seleção do Paraguai, a agência trabalha no desenvolvimento de centros de treinamento de futebol de areia em Lagos, na Nigéria. Para Leite, o volume crescente de investimentos no setor só confirma a premissa de que o futebol é um produto premium dentro do mercado esportivo.
— Com a Copa do Mundo, o momento é ainda mais especial. Os anunciantes querem, desde já, estar inseridos no universo da bola. Os campeonatos estaduais e nacionais estão valorizados. Chegou a hora da criatividade, do profissionalismo e da qualidade falarem mais alto através da criação de projetos inovadores —afirma Leite.
O cenário promissor tem levado até agências de marketing promocional, com foco em eventos corporativos, a investir mais no esporte. A Rio360, por exemplo, já está de olho nos eventos eliminatórios que as federações esportivas vão trazer para o Brasil.
— Até 2016 o Rio vai receber cerca de dez torneios mundiais, com os melhores atletas do mundo. Todo o marketing corporativo virá a reboque disso: a tendência é que, cada vez mais, as empresas usem o esporte para falar com o público final — afirma o diretor Gaetano Lopes.
Com um currículo que inclui participações na Copa realizada no Japão, e no Mundial Sub-20, na Argentina, a Benza, de promoções e eventos, já está trabalhando em projetos ligados à próxima Copa.
— Fizemos parcerias com empresas ligadas ao futebol tanto no Brasil quanto no exterior para surpreender os clientes — comemora Alexandre Chalom, diretor de Operações.
Fonte: Suplemento Boa Chance
Jornal O Globo (14/03/2010)

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