sexta-feira, 25 de junho de 2010

Itália e França já foram: crônica de uma tragédia anunciada

As precoces eliminações da Itália e da França na primeira fase da Copa da África do Sul, surpreenderam a muitas pessoas. Porém quem acompanha os respectivos campeonatos nacionais, já poderia imaginar algo parecido. Além destas seleções, a Inglaterra também vem fazendo uma campanha muito aquém das suas tradições.
Qual a explicação para tudo isso? São diversos motivos, como por exemplo: a globalização do futebol europeu, onde não existe mais um número limitador de estrangeiros; a invasão de jogadores estrangeiros que se naturalizam; a ausência de jogadores titulares nas grandes equipes (a Inter de Milão, por exemplo, penta campeã italiana e campeã europeia, não tem um italiano na sua equipe titular); a falta de renovação, onde jogadores velhos e cansados ainda representam a esperança de suas seleções; a super valorização da Champions League em detrimento da Eurocopa de Seleções e até mesmo da Copa do Mundo.
As medidas que a FIFA está tentando implementar, como a proibição dos jogadores naturalizados e a obrigatoriedade da presença de atletas jogando em equipes dos seus respectivos países, podem amenizar ou até mesmo mudar o rumo do futebol europeu de seleções.
Enquanto isso, o futebol das Américas vai muito bem, obrigado. Das oito seleções que disputam o Mundial, apenas Honduras não deve se classificar para a próxima fase. Estados Unidos, México, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai já estão lá, e o Chile deve se classificar também.
Aliás, das dezesseis equipes, deveremos ter: seis da Europa, sete das Américas, duas da Ásia e uma da África.

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