Não lhe pesa parar repentinamente na frente da bola. Ainda assim, Loco perdeu cobranças ao aplicar o estilo, inclusive em decisões. Em uma final no México, Abreu fez a cavadinha e deu errado. A torcida do Tecos de Guadalajara acabou por não celebrar essa loucura.
Loucura ou genialidade? Coragem ou categoria? Irresponsabilidade ou inteligência? Muito já foi falado sobre a cavadinha. Para mim, Loco Abreu é El Elegido (O Escolhido). O batizei assim na Copa do Mundo. O destino, ou sei lá qual razão, coloca Abreu sempre no lugar certo.
Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 o caminho uruguaio parecia fechado, até que apareceu o Salvador do Centenário e sua cabeçada para encaminhar a classificação contra a Costa Rica.
No Mundial, Loco Abreu falou com o treinador Oscar Tabarez: “Mestre, o quinto pênalti é meu”. Inicialmente, Abreu estava escalado para a terceira cobrança diante Gana.
Para o apoiador Sebastián Eguren, Loco Abreu deu o recado no último treino antes das quartas de final: “Se precisar, vá tranquilo bater o seu, pois vou fazer a cavadinha”.
Abreu é assim. Determinado, corajoso e místico. O 13 é acompanhado pelo extremo rigor religioso. A Virgem de Verdun jamais o abandonou.
Por tudo isso, Loco Abreu é O Escolhido. Os torcedores do Botafogo sabem disso. E agora, os do Fluminense também".
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