José Carlos Rodrigues, 45 anos, carioca, administrador de empresas, palestrante e professor universitário. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Gama Filho e Gestão/Marketing Esportivo pela Universidade Estácio de Sá. No Botafogo foi Conselheiro, Diretor Financeiro, de Voleibol, de Futsal e Gerente de Esportes. Atualmente é Diretor Executivo da Chase Sports Marketing e Business. Comentarista esportivo com passagens pelas Rádios Roquete Pinto, Bandeirantes e Bradesco Esportes.
sábado, 30 de janeiro de 2010
Olhe Aqui, Mr. Buster - Vinícius de Moraes
"Olhe aqui, Mr. Buster: está muito certo
Que o Sr. tenha um apartamento em Park Avenue e uma casa em Beverly Hills.
Está muito certo que em seu apartamento de Park Avenue
O Sr. tenha um caco de friso do Partenon, e no quintal de sua casa em Hollywood
Um poço de petróleo trabalhando de dia para lhe dar dinheiro e de noite para lhe dar insônia
Está muito certo que em ambas as residências
O Sr. tenha geladeiras gigantescas capazes de conservar o seu preconceito racia
lPor muitos anos a vir, e vacuum-cleaners com mais chupo
Que um beijo de Marilyn Monroe, e máquinas de lavar
Capazes de apagar a mancha de seu desgosto de ter posto tanto dinheiro em vão na guerra da Coréia.
Está certo que em sua mesa as torradas saltem nervosamente de torradeiras automáticas
E suas portas se abram com célula fotelétrica.
Está muito certo
Que o Sr. tenha cinema em casa para os meninos verem filmes de mocinhoIsto sem falar nos quatro aparelhos de televisão e na fabulosa hi-fi
Com alto-falantes espalhados por todos os andares, inclusive nos banheiros.
Está muito certo que a Sra. Buster seja citada uma vez por mês por Elsa Maxwell
E tenha dois psiquiatras: um em Nova York, outro em Los Angeles, para as duas "estações" do ano.
Está tudo muito certo, Mr. Buster – o Sr. ainda acabará governador do seu estado
E sem dúvida presidente de muitas companhias de petróleo, aço e consciências enlatadas.
Mas me diga uma coisa, Mr. Buster
Me diga sinceramente uma coisa, Mr. Buster:
O Sr. sabe lá o que é um choro de Pixinguinha?
O Sr. sabe lá o que é ter uma jabuticabeira no quintal?
O Sr. sabe lá o que é torcer pelo Botafogo?"
http://www.youtube.com/watch?v=z-xxy9_8duM
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Reengenharia X Qualidade Total
Se formos tomar o tempo como parâmetro, a Reengenharia poderá repercutir resultados mais satisfatórios, pois na Qualidade Total, as alterações são mais lentas e graduais. Pelo lado financeiro, o custo de um projeto de Qualidade Total é menor do que o da Reengenharia.
Tanto a Reengenharia como a Qualidade Total são herdeiras diretas da Administração Científica de Taylor. Na obra Manual de Gestão da Qualidade Aplicado aos Cursos de Graduação, Editora FUNDO DE CULTURA, os autores Alexandre Shigunov Neto e Letícia Mirella Fischer Campos traçam um quadro comparativo entre a Reengenharia e a Qualidade Total. Este quadro foi desenvolvido por Geraldo R. Caravantes, Cláudia Caravantes e Wesley Bjur no livro Administração e qualidade: a superação dos desafios, onde eles apresentam uma nova teoria, a ReAdministração. Esta teoria aproveita os pontos positivos da Reengenharia e da Qualidade Total.
A Reengenharia significa mudança, mesmo que esta não ocorra de uma forma tão radical, portanto, criar um “fantasma” em volta dela, é um absurdo. Na Qualidade Total, existe uma metodologia chamada Kaizen, que foi desenvolvida pela Toyota na década de 60, que apresenta para todo e qualquer tipo de empresa, uma visão de melhora contínua, com perseguição aos desperdícios, eliminação de atividades que não agregam valor, movimentos desnecessários e perdas.
Citando mais uma vez a obra Manual de Gestão da Qualidade Aplicado aos Cursos de Graduação, Editora FUNDO DE CULTURA, os autores Alexandre Shigunov Neto e Letícia Mirella Fischer Campos dizem que o Kaizen, ao contrário da Reengenharia, é um processo de aperfeiçoamento contínuo, onde não há necessidade de redefinição do processo atual. Shigunov Neto & Letícia Fischer citam ainda, que o Kaizen “pode ser aplicado como continuação dos projetos de Reengenharia, a fim de assegurar a continuidade dos propósitos mapeados nos processos devidamente modificados”. Esta definição dos autores é no mínimo incoerente com que eles pregam, pois eles mesmo colocaram que o Kaizen é o oposto da Reengenharia, mas nesta afirmação, consideram que é uma continuação. Podemos chegar a conclusão que não existe Qualidade Total sem Reengenharia, pois toda melhora e aperfeiçoamento é uma mudança, e se é mudança, é Reengenharia.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
O Botafogo na visão de um são-paulino
Tomei a liberdade de copiar aqui neste espaço, o artigo do jornalista são-paulino Rica Perrone. No seu blog ele descreve o que é o Botafogo em sua essência. Parabenizo e agradeço ao Rica pelas palavras.
RicaPerrone é jornalista esportivo há 13 anos. Apaixonado por futebol, tem o defeito grave de gostar mais do esporte do que do seu próprio time.
Paulista, apaixonado pelo Rio de Janeiro, torcedor doente da Mocidade de Padre Miguel, torce contra a Argentina até em par ou ímpar.
Chato, bem humorado, odeia futebol feio, torce pra quem bem entender e acha que "porque", junto ou separado, não muda picas pra quem lê. Logo, escreve tudo da mesma forma.
E-mail: rica@ricaperrone.com.br
Blog: http://www.ricaperrone.com.br/
"Noventa minutos podem parecer muita coisa, principalmente se neles o seu time é humilhado. Em noventa minutos o seu ego vai ao chão ou ao céu, afinal de contas, é o “seu” time, é a “sua” camisa, a “sua vitória e a “sua” derrota. Isso faz do futebol especial.
Mas, perto de 100 anos, noventa minutos se tornam absolutamente nada. Infelizmente hoje em dia a história vale os 90 minutos para muitos torcedores e parte da mídia. Mas não é assim, nunca será. O que aconteceu no Engenhão domingo não reflete o “fim dos tempos”, nem sequer justifica a atitude desesperada e imbecil daquele torcedor.
O Botafogo é um dos mais importantes clubes da história deste país. E isso nenhuma goleada vai mudar.
Claro, dói. Eu sei que dói. O meu já tomou de 7 do mesmo Vasco, e pior, da Portuguesa.
Eu só não aceito o oportunismo de usar uma semana ruim para tentar desmerecer ou destruir uma história. Pois amanhã, se o Botafogo for campeão brasileiro, os mesmos que hoje insinuam o “time pequeno” estarão exaltando a história e a grandeza do Fogão.
Incoerencia faz parte do futebol. O erro grotesco do torcedor ao queimar o manto sagrado de um clube não se justifica de forma alguma. Porém, é capaz de se perdoar.
Ele é um senhor. Viu tudo que o Botafogo teve de melhor, e de repente não consegue mostrar aos seus filhos o tal “super Botafogo” que tanto exaltou. É complicado, absurdo, mas compreensivel.
Ao menos, pediu desculpas. Notou seu erro.
O problema é que ele queimou a camisa e todos viram. O que me preocupa são os que queimam o clube dentro de si, o que é bem pior.
Esquece a derrota pro Vasco, foi só mais um jogo em cem anos de história.
Dizem que o Botafogo está diminuindo, se tornando pequeno.
E eu digo, sem medo algum de estar errado: Jamais!
Bato nessa tecla até o último dia da minha vida. Nos 12 grandes, ninguém mexe. E o Botafogo é um deles.
Com mais torcida que Liverpool e Arsenal, o time tem valor comercial. Basta uma administração competente e ambiciosa a médio prazo que tudo se resolve.
É impossível o São Caetano se tornar gigante, porque sem torcedores você não é nada. Tão impossível quanto imaginar que o clube que fez frente ao Santos de Pelé um dia terá sua historia diminuida ou apagada.
“Mas só tem um Brasileiro”, dizem.
E desde quando o mundo começou em 1971?
Time grande tem essa vantagem. Com camisa, se vai longe em pouco tempo.
Basta uma administração competente, um time montado e 2 anos de projeto. O Botafogo pode ir ao Mundial de Clubes que ninguém vai achar absurdo. E isso se chama grandeza.
Para um pequeno conseguir isso, precisa de alguem pagando tudo por trás, sorte, um baita time e a certeza de que amanhã, quando acabar o investimento, volta a ser pequeno. Ao contrário do Botafogo, que pode passar mais 30 anos perdendo tudo, não deixará de ser grande.
Como um dia me disse, brilhantemente, Pedro Bial: “O que são 100 anos pro Fluminense?”.
O mesmo se aplica ao Botafogo.
Sua torcida, estimada em mais de 3 milhões, está cansada. E qualquer um cansa ao ver um gigante se portar como um qualquer durante anos. Mas, são fases. O que são os últimos 20 anos para o Botafogo?
Quando você abre a boca pra falar sobre a história do futebol brasileiro em sua formação, o maior do mundo, você passa obrigatoriamente pelo Botafogo. Mas, note, curiosamente, não passa pelo clube que hoje mais vence no país, o SPFC.
Isso não diminui o Tricolor, nem o Botafogo.
São fases, e estamos apenas encerrando o primeiro centenário deste ciclo.
Hoje lá em cima, amanhã lá em baixo, e assim segue o futebol.
Vai chover gente dizendo: “Não ganha nada!”, “Não tem CT”, “Não é grande”, etc, etc, etc.
O SPFC, até 1989, não tinha nada também. Estava na “série B” do estadual. E hoje é o que é.
O Flamengo, até 2009, vivia esperando o Brasileirão que nunca vinha. Devia, brigava pra não cair. Hoje é o campeão, mais falado do país e novamente o de maior exposição nacional.
O Palmeiras ficou 20 anos na fila. Depois ganhou tudo, foi a Toquio.
O Corinthians ficou 20 anos na fila. E ganhou tudo.
Vinte ou trinta anos não representam uma história completa, mas sim uma fase dela.
O Botafogo está, há anos, em baixa. Isso é fato.
O que, no meu entender, e acho que no dos 3 milhões de torcedores do clube também, não diminui em nada o tamanho e a importancia deste gigante do futebol brasileiro.
Dias melhores virão. Hoje ou daqui 20 anos, virão.
Estejam certos disso, e jamais ousem rabiscar algumas das mais belas páginas da história do nosso futebol em virtude de tropeços e fases ruins.
abs,RicaPerrone"
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Ricardo Semler - O maior Reengenheiro do Brasil
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Reengenharia
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Meu Blog
Tenho 38 anos, sou carioca, administrador de empresas, pai da Juliana (10 anos) e do Bruno (13 anos), casado há 11 anos com a Luciene.
Me formei em Administração de Empresas no ano de 1992 pela Universidade Gama Filho. Estudei nos Colégios Logosófico e Princesa Isabel.
Trabalhei nas Editoras Forense e Gryphus e sou um dos sócios da Editora Fundo de Cultura.
No Botafogo fui Conselheiro (3 vezes), Diretor Financeiro, Assessor Financeiro, Diretor de Futsal e atualmente sou Diretor de Voleibol.
No blog vou expor meus pensamentos, comentários, notícias e tudo mais que esteja relacionado com os meus assuntos prediletos: Botafogo, futebol, vôlei, administração de empresas e livros. Além de poder desenvolver uma atividade que gosto muito, que é a de escrever.